terça-feira, 10 de abril de 2012

Textos Auxiliares para a Prova extra de história( Professora : Idinária)

Guerra do Iraque na era Obama
Por Fernando Rebouças
Os Estados Unidos da América, em 11 de setembro de 2001, sofreram o primeiro grande atentado terrorista de sua história. O governo do então presidente George W. Bush entrou em estado de alerta contra uma corrente terrorista inimiga, logo, as forças armadas norte-americanas entraram em guerra contra o governo talebã do Afeganistão e começaram a investigar sobre a existência de armamentos químicos no Iraque, na época governado pelo ditador Sadam Hussein.
Em 2003, apesar de nenhum atestado real sobre a existência de armamentos químicos de destruição em massa no Iraque e sem a prévia autorização dos delegados da ONU, as forças armadas dos EUA, contando somente com o apoio do exército britânico, formaram uma coalizão contra o Iraque.
A guerra foi iniciada em 20 de março de 2003, e na investida militar, o Iraque rendeu-se depois de sofrer um intenso bombardeio, sem esboçar grandes reações por não possuir um exército bem estruturado. Sadam Hussein foi capturado, julgado e morto por enforcamento e, em dezembro de 2003, o governo de George W. Bush declarou vitória contra as forças iraquianas.
As armas químicas não foram encontradas e, em 2010, depois de sete anos de conflitos regionais ainda existentes, o Iraque ainda apresentava desestruturação política, econômica e social. Eleito em 2008, o sucessor de George W. Bush, Barack Obama, ocupou a presidência dos EUA prometendo retirar as tropas americanas do Iraque e do Afeganistão. Por questões estratégicas de manutenção contra o terrorismo, manteve as tropas nesses dois países
Em outubro de 2009, perante as reações do grupo “talibã” no Afeganistão, Obama anunciou o envio de 13.000 soldados para reforçar o exército americano naquele país. Porém, depois de promessas frustradas, no início de agosto de 2010, confirmou a retirada de 94 mil soldados norte-americanos do Iraque até o fim do ano de 2010.
Os soldados que permanecerão até 2011, ajudarão a treinar as forças iraquianas de segurança, Segundo as palavras de Barack Obama:
“Como candidato a presidente, prometi levar a guerra no Iraque a um fim responsável. Depois de ter tomado posse, anunciei uma nova estratégia para o Iraque, uma transição para uma plena responsabilidade iraquiana, e deixei bem claro que a 31 de Agosto de 2010 acabaria a missão de combate americana no Iraque”
“A dura verdade é que nós não vimos o final do sacrifício norte-americano no Iraque. (…) Não se enganem: nosso comprometimento com o Iraque está mudando, passando de um esforço militar liderado por nossas tropas para um esforço civil conduzido por nossos diplomatas”
Os soldados responsáveis pelo treinamento das forças iraquianas de segurança serão de 50.000 soldados. Em janeiro de 2009, os EUA mantinham cerca de 140.000 soldados no Iraque e, em 2007, no governo de George W. Buss, o número era de 167 mil soldados.

Fontes:

Morte de Bin Laden
Por Fernando Rebouças

Nascido em 10 de março de 1957, em Riade, Osama Bin Laden foi morto pelo exército norte-americano em 2 de maio de 2011, em Abbottabad, no Paquistão, área turística daquele país. Filho de família rica, era membro de uma família saudita e líder fundador do grupo terrorista AL-Qaeda.

Seu pai era o homem mais rico da Arábia Saudita depois do rei daquele país. Bin Laden e o AL-Qaeda foram responsáveis assumidos dos atentados às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001, além de outros atentados a alvos civis.
Apesar das investidas bélicas norte-americanas sobre o Afeganistão, iniciadas logo depois do atentado do 11 de setembro, o então presidente dos EUA, George W. Bush, não conseguiu aprisionar o terrorista, pois Bin Laden sempre foi mestre em desparecer em refúgios inacessíveis.
Apesar de temido, a figura de Bin Laden virou piada em todo mundo, na Internet havia diversos jogos“Encontre Bin Laden”, ironizando a incapacidade do governo Bush de aprisioná-lo. A morte de Bin Laden foi oficializada pelo presidente Barack Obama em discurso transmitido pela TV para todo o mundo, fator que fortaleceu a intenção de reeleição de Obama para um segundo mandato.
A busca por Bin Laden era parte do processo de Guerra ao Terrorismo, o terrorista estava entre os dez terroristas mais procurados pelo FBI. Depois da operação militar, responsável pela execução de Bin Laden em Abbottabad, o presidente Obama informou que o corpo do terrorista ficou sob custódia dos EUA e foi encaminhado para sepultamento islâmico no mar.
Em reportagem publicada na imprensa francesa, em 23 de setembro de 2006, foi revelado que o terrorista estava escondido em regiões montanhosas entre o Afeganistão e o Paquistão. No mesmo ano, informações haviam confirmado a morte de Bin Laden por tifo, afirmação desmentida após vídeos que o mostravam vivo.
A operação militar em Abbottabad levou 40 minutos, o exército chegou até o terrorista identificando o mensageiro de Bin Laden há quatro anos. Além de Bin Laden, durante tiroteio em sua casa, morreram uma de suas esposas, filho e mensageiro. A morte de Bin Laden foi confirmada após comparação de amostra de seu sangue com o de sua irmã.
A casa do terrorista foi invadida por 20 militares da Marinha dos EUA, que ocuparam o local por helicópteros, nenhum militar ficou ferido. Bin Laden morreu com um tiro na cabeça. A sua morte foi comemorada pelo povo norte-americano, principalmente pelas vítimas das Torres Gêmeas, porém a morte do terrorista aumentou a vigilância dos principais países do mundo perante possíveis represálias terroristas por parte do Al-Qeda.

Referências:


Primavera Árabe
Por Emerson Santiago

A expressão Primavera árabe faz referência a uma série de protestos que ainda ocorrem no chamado “mundo árabe”,compreendendo basicamente os países que compartilham a língua árabe e a religião islâmica, apesar de etnicamente diversos.
As causas já estavam de certo modo presentes, e o descontentamento em vários países era já latente, pela comum falta de emprego e oportunidades para as gerações mais jovens, além da repressão política e a concentração de poder e riqueza na mão de poucos. Assim, já ocorria mobilização por parte de vários grupos, mostrando que este não era um fenômeno novo na região, e, contrário à visão que predominava na mídia ocidental, os envolvidos nos protestos não tinham qualquer influência fundamentalista religiosa, nem haviam absorvido as ideias anti-ocidente promovidas por grupos terroristas como a Al Qaeda.
Entende-se, porém, que o episódio catalisador de toda a recente onda de protestos seja a autoimolação do vendedor de rua tunisiano Mohamed Bouazizi, que ateou fogo ao próprio corpo em 17 de dezembro de 2010 em protesto contra humilhações causadas pelas autoridades locais que confiscaram os bens que usava para trabalhar. Seu funeral reuniu mais de 5000 pessoas e logo causaram a queda do ditador tunisiano Ben Ali.
Logo após iniciam-se protestos em países vizinhos, em especial o Egito, onde, multidões se reúnem na praça Tahrir (palavra árabe que significa “liberdade”), no Cairo, e em várias outras praças nas restantes cidades egípcias, acampando em protesto contra outro dirigente há décadas no poder: Hosni Mubarak. Assim como seu colega tunisiano, o egípcio mantinha o poder atrás de um regime forte, apoiado diretamente pelos militares locais, que se concentravam em reprimir a população. Após meses de protestos e completa paralisação do país, Mubarak renuncia em favor de um governo de transição, apoiado pelos mesmos militares. Os protestos continuam ainda hoje, para que os militares deixem de interferir no governo, e ao que parece, isto está próximo de acontecer.
Em fevereiro, o movimento toma corpo na Líbia, onde Muammar Khadafi exercia o poder com mão de ferro desde 1969. Determinado a não abrir mão do poder ou ao menos fazer concessões em seu corrupto e opressivo regime, Khadafi reprime com violências as manifestações, matando milhares de civis, dando origem a uma guerra civil. Isto causa a reprovação internacional ao seu regime, drenando toda a sua credibilidade, o que causa a intervenção da OTAN. Com o apoio desta, os rebeldes líbios passam a conquistar o território e irão capturar e/ou matar a maioria dos chefes do regime deposto, inclusive Khadafi e três de seus filhos.
No Iêmen, o presidente Ali Abdullah Saleh, no poder há quase 30 anos, após meses de fortes protestos, incluindo um atentado que o levou a deixar o país para tratamento temporariamente, cedeu, a 23 de novembro, concordando em entregar o cargo a seu vice, Abdu-Rabbo Mansur al-Hadi em 30 dias.
Na Síria, assim como na Líbia, os protestos estão sendo reprimidos violentamente, pelo presidente do país, Bashar Al-Assad. Isso causou o desligamento da Síria da Liga Árabe, pois os países daquela organização reprovam a violência utilizada pelo governo, além das manifestações veementes de ONU, União Europeia e Estados Unidos para que o presidente sírio deixe o cargo. Até o momento, Assad, este mesmo filho e sucessor de outro ditador sírio, Hafez, ainda se sustenta no poder, porém, sua situação vai ficando delicada, ante a continuação dos protestos.
Além destes países, Bahrein, Iraque, Argélia, Marrocos, Jordânia, Kuwait e Líbano enfrentam protestos de dimensões importantes, sendo que muitos destes governos já efetuaram mudanças em suas agendas pressionadas pelos protestos populares.

Bibliografia:
KHALIDI, Rashid. The Arab Spring (em inglês). Disponível em <http://www.thenation.com/article/158991/arab-spring >. Acesso em: 24 nov. 2011.
Arab Spring (em inglês). Disponível em <http://www.sourcewatch.org/index.php?title=Arab_Spring>.

Rebeldes da Líbia
Por Fernando Rebouças

Em março de 2011, foi iniciada uma coalizão contra o ditador da Líbia, Muammar Khadafi, em meio a um cenário de guerra civil mantida pelos rebeldes locais e intervenção militar da OTAN e um bloco de países liderados pelos EUA.
As investidas militares ajudaram os avanços territoriais dos grupos rebeldes, num processo de enfraquecimento militar e política contra o ditador. Após conquistar diversas cidades líbias, vilarejos ocupados pelos rebeldes formaram um governo interino, com o auxílio do Conselho Nacional Interino de Transição, com o objetivo de manter o acesso de serviços básicos à população.
Inicialmente, o conselho não foi apresentado como um governo, mas uma direção política para o país. O conselho mantido pelos rebeldes revelou ser formado por 31 membros, dentre eles alguns aceitaram sair do anonimato, sendo o conselho formado por homens, mulheres e jovens.
O presidente do grupo revelado pelos rebeldes, Mustafa Mohammed Abdul Jalil, foi escolhido pela sua coragem de combater o regime. Advogado nascido na cidade de Bayda, foi um dos primeiros a se levantar contra o ditador. Antes de se tornar juiz, trabalhou como advogado, foi presidente da Corte de Apelações, ministro da Justiça em 2007, e presidente do tribunal de Bayda.
Como juiz, era conhecido como um magistrado que emitia decisões contra o governo constantemente. Era elogiado pelos grupos de defesa dos direitos humanos e pelo ocidente por se dedicar para reformar o Código Penal líbio. Os EUA o considerava um homem de coragem.
Em janeiro de 2010, desafiou o ditador Khadafi publicamente em discurso no Congresso Geral do Povo, na pretensão de pedir demissão perante as dificuldades que o poder judicial enfrentava. Em seu protesto, citou a prisão de 300 opositores do governo a despeitos de veredictos que os absolviam, e não comunicação da libertação de presos às suas famílias.
Desde 31 de março de 2011, Mustafa Abdel Jalil comandava 7.500 operações contra tropas de Khadafi, em agosto começou a sentir dificuldades para manter as investidas por falta de novos alvos e recursos militares. O sucesso dos rebeldes líbios justificou todo o apoio da OTAN e da ONU às ações contra o ditador.

Fontes:

Crise do Euro (2011)
Por Fernando Rebouças

Desde 2008, quando eclodiu a crise financeira nos EUA, a Europa começou a se sentir afetada financeiramente, quando seus bancos apresentaram perdas de investimentos, liquidez e atravessaram processo de falência e venda de seus títulos. Em termos econômicos, fazer parte da “Zona do Euro” é utilizar a moeda única da União Europeia e seguir as medidas econômicas coletivas do bloco.
Para piorar os rumores de crise, países despreparados como a Grécia iniciaram um processo de febre econômica por não terem suas contas em dia antes da eclosão da crise econômica mundial. No decorrer dos últimos anos, o governo grego havia assumido dívidas por meio de gastos excessivos que estavam fora dos acordos firmados com o bloco europeu.
Perante a crise global, o déficit do país elevou-se muito rápido e os investidores passaram a exigir altas taxas para emprestar dinheiro para a Grécia. Além da Grécia, situação similar ocorreria na Irlanda (antes uma ilha de estabilidade), Portugal, Espanha, Itália e parte da estabilidade da França.
Esses países, principalmente entre os anos de 2010 e 2012, passaram a ter de pagar juros mais altos para vender seus títulos governamentais, com seus sistemas financeiros amarrados ao endividamento massivo. Apesar de obter novos recursos através da venda de títulos, permaneceu difícil a atração de novos compradores para novas ofertas de títulos, em virtude da desconfiança dos investidores pela Zona do Euro.
No caso da Grécia, a crise da dívida desse país havia iniciado no fim do ano de 2009, tornando-se mais divulgada em 2010, ocorrendo em virtude da crise mundial (o que gerou retração de investidores em todo o mundo) e de alto endividamento da economia grega. A dívida da Grécia, na ocasião, havia registrado 120% do PIB do país.
A crise agravou-se pela ausência de transparência na divulgação dos números oficiais da dívida. Para não influenciar os demais mercados da Zona do Euro, a União Europeia iniciou um pacote de ajuda para a Grécia, inserindo no país a previsão de empréstimos e supervisão do Banco Central Europeu sobre a economia grega.
Sobre Portugal e Espanha, a Conselho Econômico Europeu aconselhou maior austeridade nas contas internas desses países para que os mesmo não agravassem seus níveis de recessão econômica. Segundo os analistas econômicos, em 2011, caso a crise agravasse, haveria um rebaixamento das dívidas de todos os países da Europa, a crise da Grécia atingiu todos os países da Zona do Euro pelo impacto causado sobre a moeda única, gerando novos debates sobre a coordenação econômica e integração fiscal da União Europeia.

Fontes:

Comércio Mundial

A Rodada Doha pode ser a grande esperança na expansão do comércio mundial. Trata das exaustivas negociações entre as maiores potências comerciais do mundo - o G-8 -, com o objetivo de diminuir as barreiras comerciais e os subsídios agrícolas. As negociações receberam o nome de “Doha”, capital do Qatar (GolfoPérsico), pois foi nessa cidade que os países começaram a discutir a abertura do comércio mundial. O Grupo dos Vinte (G-20), do qual fazem parte Brasil, Índia, África do Sul, China, entre outros, querem que a UE (União Européia) e os EUA diminuam seus subsídios e eliminem as barreiras aos produtos agrícolas estrangeiros. Os países desenvolvidos querem em troca, a abertura aos produtos manufaturados europeus e americanos. Todas essas questões foram grandemente discutidas nas rodadas em Cancun, Genebra, Paris e Hong Kong, porém até hoje não há um consenso mundial a respeito da abertura comercial.

G-8

(Grupo dos Oito) é formado pelos 7 países com maior participação no comércio mundial (EUA, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Itália, França e Japão). A Rússia, embora faça parte do grupo, tem participação bem inferior aos demais membros. Faz parte do grupo apenas por razão de sua importância geopolítica.
Explicitamente, a função do G-8 é a de decidir qual ou quais caminhos o mundo deve seguir, pois esses países possuem economias consolidadas e suas forças políticas exercem grande influência nas instituições e organizações mundiais, como ONU, FMI, OMC. A discussão gira em torno do processo de globalização, abertura de mercados, problemas ambientais, ajudas financeiras para economias em crise, entre outros.

Dilma desembarca na Índia para reunião dos Brics
A presidente Dilma Rousseff desembarcou nesta terça-feira (27) em Nova Délhi para participar da quarta reunião dos Brics, grupo de países emergentes: Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul. Dilma fica no país até sábado. Ao chegar, a presidente recebeu um bindi, um símbolo sagrado usado na testa próximo às sobrancelhas pelas mulheres indianas.
A agenda oficial de Dilma não prevê eventos para hoje. Os compromissos começam na quarta-feira às 14h30, hora local, com a entrega do título de doutora honoris causa da Universidade de Nova Déli. À noite, ela vai a jantar oferecido a todos os presidentes dos Brics. O encontro dos países emergentes começa oficialmente na quinta-feira.
Sobre a reunião dos Brics, serão discutidas as questões relativas aos temas econômicos e financeiros, além de políticas de segurança e paz, assim como o esforço conjunto para o desenvolvimento sustentável, como proposta para redução da pobreza.
Por que judeus e palestinos vivem em conflito?


Quase que diariamente os jornais do mundo inteiro noticiam os infindáveis ataques mútuos entre israelenses e palestinos e as diversas iniciativas internacionais de tentar promover, sem sucesso, a paz entre os dois povos. Os conflitos entre árabes e judeus, apesar de atuais, têm origem milenar e carregam uma longa história de desavenças religiosas e de disputa de terras. "Desde os tempos bíblicos, judeus e árabes, que são dois entre vários povos semitas, ocuparam partes do território do Oriente Médio. Como adotavam sistemas religiosos diversos, eram comuns as divergências, que se agravaram ainda mais com a criação do islamismo no século VII", conta Alexandre Hecker, professor de História Contemporânea da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
O conflito mais recente entre os dois povos se intensificou a partir da Primeira Guerra Mundial, quando se deu o fim do Império Otomano, e a Palestina, que fazia parte dele, passou a ser administrada pela Inglaterra. "A região possuía 27 mil quilômetros quadrados e abrigava uma população árabe de um milhão de pessoas, enquanto os habitantes judeus não ultrapassavam 100 mil", afirma o professor. A Inglaterra apoiava o movimento sionista, criado no final do século 19 com o objetivo de fundar um Estado judaico na região da Palestina, considerada o berço do povo judeu. Segundo Alexandre, o papel dos ingleses naquele momento era o de criar esse "lar nacional" para os judeus, que vinham sofrendo perseguições e violências em todo o mundo, mas sem violar os direitos dos palestinos árabes que já viviam ali. "Assim, na década de 20, ocorreu uma grande migração de judeus para a Palestina".

Depois de 1933, com a ascensão do nazismo na Alemanha e o aumento das perseguições contra os judeus na Europa, a migração judaica para a região cresceu vertiginosamente. Os palestinos, por sua vez, resistiram a essa ocupação e os conflitos se agravaram. Após a Segunda Guerra Mundial e o fim do Holocausto, que levou ao extermínio de 6 milhões de judeus, a crescente demanda internacional pela criação de um estado israelense fez com que a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovasse, em 1947, um plano de partilha da Palestina em dois Estados: um judeu, ocupando 57% da área, e outro palestino (árabe), com o restante das terras. "Essa partilha, desigual em relação à ocupação histórica, desagradou os países árabes em geral", afirma Alexandre Hecker.

Em 1948, os ingleses finalmente desocuparam a região e os judeus fundaram, em 14 de maio, o Estado de Israel. Um dia depois, os árabes, insatisfeitos com a partilha, declaram guerra à nova nação, mas acabaram derrotados. "O conflito permitiu a Israel aumentar seu território para 75% das antigas terras palestinas: o restante foi anexado pela Transjordânia (a parte chamada Cisjordânia) e pelo Egito (a faixa de Gaza)", explica o professor. Em consequência disso, muitos palestinos refugiaram-se em Estados árabes vizinhos, enquanto boa parte permaneceu sob a autoridade israelense. "Outras guerras se sucederam por causa de fronteiras, com vantagens para Israel e sempre sem uma solução para o problema dos refugiados". Apesar de algumas tentativas de acordos e planos de paz, a situação atual ainda é de muito impasse, principalmente pelo fato de os palestinos, liderados pelo movimento radical islâmico Hamas, não reconhecerem o direito de existência de Israel. Na opinião de Alexandre, "a guerra entre palestinos e judeus só terá um fim quando for criado um Estado palestino que ocupe, de forma equitativa com Israel, a totalidade do território tal qual ele se apresentava em 1917".

Nenhum comentário:

Postar um comentário